Um salto no escuro
Minha escuta era atenta aos sons que dali saiam, mas nunca me aventurei a provar desse processo. Durante minha “estreia” na improvisação livre no Estúdio Mawaca estive ao lado de Miguel Barella, Alex Antunes e Ana Eliza Colomar, flautista e saxofonista do meu grupo Mawaca, que também estava estreando nessa proposta.
Me senti muito à vontade, mas ao mesmo tempo, apreensiva. Miguel “manipulou” minha voz com a máquina de loopings Echoplex. Comecei a cantar, fazer alguns sons onomatopaicos, usei os sons das sementes do meu colar indígena e fui “viajando” no que ouvia e no que produzia sonoramente. A impro livre é como um salto no escuro. Uma busca pelos sons meus e dos outros. Foi bom.